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Foto do escritorRui José

Verdade, Bondade e Necessidade



Esses dias tive a oportunidade de participar do Simpósio Internacional de Yogaterapia, organizado pelos professores Danilo Forghieri Santaella e Marcos Rojo, grandes nomes do Yoga no Brasil e uma das convidadas a palestrar foi a querida professora Lia Diskin. Ao final de sua palestra ela nos brindou com um texto que reproduzo a seguir, que faz muito sentido e, por que não dizer, continua tão “moderno”, apesar de ter sido escrito há tantos séculos.


Eis o texto:


 

As Três Peneiras de Sócrates: Verdade, Bondade e Necessidade

Um homem, procurou um sábio e disse-lhe:

— Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de…

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: — Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? — Peneiras? Que peneiras? — Sim. A primeira é a da Verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? — Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! — Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.

Vamos então para a segunda peneira: a Bondade.

O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? — Não! Absolutamente, não! — Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.

Vamos agora para a terceira peneira: a Necessidade.

Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? — Não… passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu: — Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!


 

Isso também me remeteu ao desenho animado da Disney, quando em uma das cenas o recém-nascido Bambi está aprendendo a ficar em pé o coelho Tambor, ao ver que o bebê não consegue ficar em fé, se dirige à mãe de Bambi e diz: “ele não sabe andar muito bem, não é?”, e nesse momento a mãe do coelho lhe repreende perguntando se ele se lembrava do ensinamento que o pai lhe havia dado pela manhã, e ele, encabulado, responde: “Sim. Que se não tiver nada de bom para dizer, que não diga nada”.

Quantas vezes falamos coisas que não acrescentam nada a ninguém, tampouco à nossa vida.

Quantas vezes retransmitimos alertas, fake News, fofocas, e nem nos damos ao trabalho de verificar origem, veracidade ou mesmo consultamos nosso senso crítico sobre a necessidade daquela informação, fomentando ódio, revolta e as vezes até mesmo informações que podem por em risco a vida de alguém?

Você já se pegou numa atitude dessas?

Como queremos viver num mundo melhor se nem nos damos ao trabalho de sermos melhores?

Como queremos viver num mundo mais pacífico e mais amoroso se temos o prazer de veicular notícias que geram ódio?

Parece que sempre estamos esperando essas atitudes “dos outros”, transferindo a responsabilidades sem, no entanto, perceber que estamos sempre acrescentando mais lenha à fogueira.


 

Da próxima vez que ouvir ou ler algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:

* Pessoas sábias falam sobre ideias;

* Pessoas comuns falam sobre coisas;

* Pessoas medíocres falam sobre pessoas;

* Por qual dessas categorias você gostaria de ser lembrado?

Que a paz e a luz estejam sempre presentes em seu coração e em seu caminho.

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