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Foto do escritorRui José

Falando de mudanças



Quantas vezes as pessoas vieram até você dizendo que você precisaria mudar, seja de atitude, de comportamento, de ponto de vista? Mas nem sempre é fácil e as vezes, “o buraco é mais embaixo”.


Quando começamos a entender melhor o funcionamento da mente humana, e por que não dizer, do cérebro (físico) também, chegamos a conclusão que a mudança muitas vezes dependem, inclusive, de aspectos fisiológicos, como postulado pelo Dr. Hamer na Nova Medicina Germânica, que traduz alguns comportamentos como originários das chamadas constelações esquizofrênicas, que nada tem a ver com a Esquizofrenia, em si.

Mas o objetivo deste texto não é para nos aprofundar nas pesquisas do Dr. Hamer, apesar de minha paixão pelos seus estudos, pois é muito extenso e profundo para uma só postagem e existem inumeras fontes para pesquisa na internet para aqueles que queiram se aprofundar, ou dar uma olhada em meu canal do Instagram que lá fiz alguns videos explicando resumidamente o assunto.

Então, por que estou aqui, afinal?

Bom, podemos dizer que muitas vezes queremos mudar o outro porque nos sentimos os “donos da razão” em tudo, que nossa opinião é a mais acertada, mais correta, mais adequada. Mas a pergunta é: com relação a quê? Qual é o parâmetro de certo, errado, adequado ou não, que você está se apoiando?

Como tenho escrito nos artigos anteriores, e faço questão de repetir aqui, a percepção do que acontece fora de nós (ou no mundo, se você achar melhor assim) é muito particular e vem sendo construída aos poucos no decorrer do nosso amadurecimento e com inúmeros e variados fatores como cultura, idade, gênero, etnia, nacionalidade, religião e assim vai.

Uma pessoa que nunca caiu e se machucou, ou sofreu algum abuso, nunca será capaz de entender a dor daquele que passou por algo assim, que tem registros de memória gravados em suas células e que ditam seu comportamento. Mas muitas vezes não queremos entender isso e forçamos nosso posicionamento. Decerto que existem exceções, mas estamos falando de uma grande maioria da população vive implicando com a vida do outro, sem ao menos conhecer sua história.

E essas pessoas, as vezes sequer tem consciência de seu comportamento, porque para ela é tão natural que nunca se questiona sobre, a não ser que aquilo comece a interferir de alguma forma em sua qualidade de vida, sua saúde, etc, porque a mudança só vai começar a acontecer de dentro para fora, a partir do momento que a situação atual gerar algum tipo de desconforto, seja físico, emocional ou mental.

Tenho recebido alguns casos no consultório de pessoas que foram trazidas por parentes para que eu “dê um jeito”, o que acaba sendo até engraçado, mas a primeira pergunta que faço ao consulente é, quase nesses termos: É de livre e espontânea vontade que você está aqui, ou veio porque “mandaram vir”?

Se a resposta é positiva para a segunda pergunta, sou obrigado a dispensar o indivíduo, porque com certeza nada do que eu fizer ou propor surtirá efeito, porque a pessoa talvez não esteja pronta, nem queira ou até, nem possa começar a trilhar o caminho da mudança. porque essa jornada requer muito comprometimento e pode envolver aspectos ou ganhos secundários que a pessoa não queira enfrentar ou nem tenha consciência disso. E alguns desses aspectos inconscientes podem ser traduzidos na sua mente como algio perigoso que pode ser um atentado à sua vida.

Portanto, quando pensar em mudar alguém, se questione antes o que naquela pessoa te incomoda? Por que te incomoda? Como essa pessoa vê essa situação? Quais são os fatores que fazem com que ela veja isso dessa forma? Quais as perdas ela terá com essa mudança? E quais os ganhos?

E depois, se ela quer mudar, se ela pode ou se ela consegue. A partir daí, se ela não tem a habilidade ou mesmo a força para fazer sozinho, ai sim, oferecer a devida ajuda e fazer o encaminhamento à quem possa ajudar.

Ninguém tem a mesma história, a mesma percepção de mundo, os mesmos sonhos e as mesmas ambições, mesmo que sejam todos da mesma família, até mesmo irmãos gêmeos, e ver isso sem julgamento, se chama Respeito.

“Mesmo quando deixamos de escolher, estamos fazendo uma escolha” Jean Paul Sartre.

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