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Foto do escritorRui José

Crenças limitantes


Crenças limitantes

Como somos influenciados e também como influenciamos pessoas de acordo com crenças que sequer sabemos de onde vem e como foram criadas. Qual o nosso papel da quebra desses paradigmas?


"Nossos pensamentos são criados por nossas experiências. Nossas experiências, por sua vez, são criadas por nossas percepções do mundo e pelas percepções de outras pessoas sobre nós. Enviamos sinais, e os outros nos vem através dessas formas pensamento projetadas. [...]

Somos uma percepção de nós mesmos interpretada pelas percepções de outras pessoas. Mas o que exatamente acreditamos sermos nós? Crenças que foram ensinadas na infância e experiências que se solidificaram nessa fase podem criar crenças primárias. A mente de uma criança é muito delicada e percebe os pais como os primeiros deuses e deusas em sua vida. Muito do que é dito e feito à nós quando crianças é recebido no sentido literal. Essas primeiras impressões influenciam em que uma criança irá ou não acreditar. É por isso que devemos ser muito cuidadosos quando falamos com uma criança, porque tudo o que é dito está entrando em uma pequena mente como uma mensagem do Divino. Muitas vezes, pare para refletir sobre todas as coisas que poderiam ter sido mudadas em tantas vidas se tivéssemos sido mais cuidadosos com o que dissemos e com como dissemos." Vianna Stibal - ThetaHealing Muitas vezes menosprezamos a inteligência das nossas crianças, tratando-as como pequenos autômatos, incutindo em suas mentes as impressões do mundo da forma como o vemos, baseadas nas nossas experiências de vida. Já ouviram falar que gato escaldado tem medo de agua fria? No meu entendimento podemos interpretar isso de outra forma. Por que nossos traumas e experiências tem que ser os mesmos que os de nossos filhos? Por que temos que lhes transferir nossos medos e nossos fantasmas? O fato de eu ser inseguro em fazer determinada atividade me dá o direito de priva-lós da experiência? Eu sei, é um assunto muito delicado e controverso e poucas pessoas o compreenderão porque, enquanto pais, sempre estamos pensando no "melhor" para nossos filhos, mas, afinal, o que pode ser considerado "melhor" ou "pior"? Existe uma fábula que conta o seguinte: Havia um fazendeiro que tinha um cavalo muito forte, bonito, um típico o garanhão. Certa vez ele inscreveu esse cavalo num concurso e ganhou o primeiro prêmio, então todos os vizinhos foram visitá-lo e cumprimentá-lo pela vitória, dizendo: que bom que seu cavalo ganhou o prêmio. Nisso o fazendeiro respondeu: pode ser bom ou não. A vitória do cavalo chamou a atenção de ladrões locais, que foram até a fazenda e roubaram o animal premiado. Os vizinhos foram correndo para a fazenda e disseram ao fazendeiro: que ruim que seu cavalo premiado foi roubado. O fazendeiro respondeu, então: pode ser ruim ou não. Mas como o cavalo também era muito inteligente, conseguiu fugir dos bandidos e no caminho atraiu algumas éguas selvagens, que o acompanharam até a fazenda. Percebendo isso os vizinhos foram correndo para lá e disseram para o fazendeiro: que bom que você recuperou seu cavalo e ganhou ainda algumas éguas, e o fazendeiro respondeu: é, pode ser bom ou não. Certo dia o filho do fazendeiro foi domar uma das éguas, caiu e quebrou a perna. E lá foram os vizinhos correndo para falar com o fazendeiro e lamentar: oh, que ruim que seu filho caiu e quebrou a perna, e o fazendeiro respondeu novamente: pode ser ruim ou não. Passado algum tempo, iniciou-se uma guerra e o governo local saiu convocando os jovens da região. Como o filho do fazendeiro estava com a perna quebrada não foi convocado. Então os vizinhos foram até a fazenda e disseram ao fazendeiro: que bom que seu filho não foi convocado e o fazendeiro respondeu: pode ser bom ou não. Assim segue a história. Ou seja, tudo tem algum propósito, seu lado negativo ou positivo e o julgamento do que é bom ou ruim é muito subjetivo, pois depende das experiências das pessoas que estão participando ou conhecendo o fato. E muitas vezes agimos assim sobre alguns assuntos durante a criação dos filhos, julgando coisas que as vezes sequer conhecemos, mas isso é natural porque nossos pais também agiram assim conosco, e está tudo certo, porque eles também passaram por experiências que criaram essas crenças primarias limitantes e não souberam como se desvencilhar disso. Cabe a nós a atitude de pensar em até que ponto nossas experiências estão interferindo na visão do mundo que passamos às nossas crianças. Do que alimentamos nossos pensamentos e os deles? Será que o mundo é tão ruim assim? Quem sabe se aprendermos a ver o mundo com os olhos da inocência, percebamos que ele é bem mais belo do que pintamos. É claro que sabemos que algumas atitudes são inerentemente perigosas, mesmo sem termos passado pela experiência, mas cabe a cada um fazer essa reflexão de como isso será passado aos pequeninos. Até uma próxima postagem.

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